20 de novembro de 2013

2º Ano - ZOOLOGIA - REINO ANIMAL - Reino Animalia

REINO ANIMAL - Reino Animalia - Metazoa

O Reino Animalia é definido segundo características comuns a todos os animais: organismos eucariontes, multicelularesheterotróficos, que obtêm seu alimento por ingestão de nutrientes do meio.
Mesmo dentro de critérios assim tão amplos, podemos encontrar exceções, em funções de fatores diversos, como a adaptação de organismos a meios de vida especiais. É o que ocorre, por exemplo, com alguns endoparasitas que perderam a capacidade de ingestão de nutrientes, obtendo-os por absorção direta dos líquidos do corpo dos organismos parasitados. Todos os animais começam seu desenvolvimento a partir de uma célula-ovo ou zigoto, que surge da fecundação do óvulo pelo espermatozóide. Assim, a reprodução sexuada sempre está presente nos ciclos de vida dos animais. Isso não significa que a reprodução assexuada não aconteça; ela ocorre e é muito importante em alguns grupos.
A partir do zigoto, inicia-se o desenvolvimento embrionário, que passa pelas fases de mórula, blástula e gástrula. São vários os tipos de desenvolvimento embrionário, mas, apenas para exemplificação, vamos representar a seguir todas essas fases, desde o zigoto até a gástrula, considerando o padrão mais fácil para o entendimento básico de como elas ocorrem.
 Alguns animais desenvolvem-se até um conjunto de células que não chega a formar tecidos verdadeiros, enquanto a maioria atinge níveis de organização superiores a tecidos, tais como órgãos e sistemas. É possível, assim, distinguir dois grandes grupos:
  • Parazoa (parazoário; pará = ao lado, zoa = animal): representado pelos Porifera (esponjas), no qual não há a formação de tecidos verdadeiros.
  • Eumetazoa (eumetazoários; eu = verdadeiros, metazoário = animal): representados por todos os outros animais que possuem tecido diferenciado.
Dentre os Eumetazoa distinguem-se dois outros grupos: o dos organismos que não passam do nível de organização superior a tecidos, do qual fazem parte os cnidários, e o dos organismos que já apresentam os órgãos em sistemas definidos, compreendendo a maioria dos Eumetazoa.
Número de Folhetos Germinativos
Alguns animais são formados, em sua fase embrionária, por apenas duas camadas de células (derivadas da ectoderme e da endoderme). Esses animais são considerados diblásticos (ou diploblásticos), como, por exemplo, os cnidários.
Outros animais, em sua fase embrionária, são constituídos por três camadas de células, derivadas da ectoderme, da endoderme e da mesoderme. São os chamados triblásticos (ou triploblásticos), como, por exemplo, os vermes, os moluscos, os artrópodes, os equinodermos e os cordados. 
Celoma
Nos animais triblásticos, pode ou não existir celoma, a cavidade geral do corpo, que serve de espaço para os órgãos internos (vísceras). Quando não há celoma, os animais são ditos acelomados, como os vermes de corpo achatado - os platelmintos.

Entre os que possuem cavidade geral do corpo, é possível distinguir entre os pseudocelomados e os celomados verdadeiros (ou, simplesmente, celomados). Os primeiros possuem falso celoma, assim chamado por não ser uma cavidade inteiramente forrada por tecido mesodérmico. A mesoderme apenas reveste a superfície interna da parede do corpo, deixando de faze-lo na parede intestinal, como acontece com os vermes de corpo cilíndrico, chamados nematelmintos.
Nos celomas verdadeiros, tanto a face interna da parede do corpo como a face externa da parede intestinal são revestidas por mesoderme e a cavidade geral do corpo é, assim, um verdadeiro celoma - como, por exemplo, nos vermes segmentados, nos artrópodes, nos moluscos, nos equinodermos e nos cordados.
Destino do Blastóporo
Outra característica embriológica dos animais triblásticos é a relacionada ao surgimento da boca.
Quando a boca é derivada do blastóporo (a abertura do arquêntero para o meio externo), dizemos que os animais são protostômios (do grego, proto = primitivo, stoma = boca), o que inclui desde os platelmintos até os artrópodes. Se o blastóporo originar o ânus (e a boca se originar na extremidade oposta, como um novo orifício), dizemos que os animais são deuterostômios (do grego, deutero = secundário, o que veio depois).

O ramo da biologia qe estuda os animais é denominado Zoologia (zoo = animal, logus = estudo). É muito comum, em Zoologia falar-se em animais invertebrados e animais vertebrados.
 Os invertebrados são todos os animais que não possuem vértebras e, consequentemente, coluna vertebral. A maior parte dos animais é formada pelos invertebrados, caso das esponjas, medusas, planárias, vermes, minhocas, insetos, siris, estrelas-do-mar e outros.
O termo invertebrado não tem nenhum valor taxonômico e não corresponde a grupos como filo, classe, ordem ou outros; é simplesmente um termo vulgar aplicado a todos esses animais.
Os vertebrados correspondem a todos os animais que possuem vértebras, caso dos peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Os vertebrados correspondem a um subfilo dentro do filo dos cordados. Dentre os cordados, existem animais invertebrados, como é o caso do anfioxo, que vive enterrado na areia, no ambiente marinho.

Simetria e Locomoção
Animais de organização mais simples, como diversas esponjas, possuem formas irregulares, sendo, por isso, chamados assimétricos.
Em outros animais, podemos passar por seus corpos diversos planos verticais de simetria que passam pelo eixo central longitudinal (como nos tipos de esponjas que crescem com a forma aproximada de vaso, nos cnidários e na maioria dos equinodermos, por exemplo); cada plano permite a separação do animal em metades equivalentes. São os chamados simétricos radiais, em geral animais cilíndricos ou em forma de sino. Os animais simétricos radiais, em sua maioria, são fixos ao substrato (esponjas adultas, pólipos de cnidários etc.), ou movem-se com lentidão (medusas, estrelas e ouriços-do-mar etc.).
No entanto, a simetria predomina no reino animal é a bilateral. Os animais bilaterais possuem lados esquerdo e direito, faces ventral e dorsal e extremidades anterior e posterior. A extremidade anterior é aquela em que fica localizada a cabeça, que contém o centro de comando nervoso.
A extremidade posterior é aquela em que, na maioria das vezes, situa-se o ânus e os orifícios reprodutores.
Nesse tipo de simetria existe um plano sagital que divide o animal em duas metades equivalentes. De modo geral, a simetria bilateral é relacionada ao modo de vida de "ir em busca" do alimento de uma forma mais dirigida.
FILOS DO REINO ANIMAL

Poríferos
O filo Porifera reúne as esponjas, animais aquáticos com organização corporal muito simples. A maioria das espécies é marinha, vivendo presas às rochas e objetos submersos. As esponjas não apresentam nenhum tipo de órgão, nem mesmo tecidos diferenciados.

Cnidários
O filo Cnidaria reúne os cnidários, animais aquáticos cujos representantes mais conhecidos são as águas-vivas, os corais, as caravelas e as anêmonas-do-mar. A maioria dos cnidários é marinha; alguns vivem ficados a objetos submersos e outros nadam livremente.

Platelmintos
O filo Platyhelminthes reúne animais com corpo achatado dorso-ventralmente, que vivem em água doce ou salgada, em ambientes de terra firme úmidos ou no interior de outros animais, como parasitas. As formas de vida livre, aquáticas ou terrestres, são as populares planárias; os platelmintos parasitas mais conhecidos são as tênias e os esquistossomos.

Nematódeos

O filo Nematoda reúne grande variedade de animais de corpo cilíndrico e afilado nas duas pontas. Os representantes desse grupo vivem em todos os tipos de ambiente: em água doce ou salgada, na terra úmida ou no interior do corpo de animais e plantas, parasitando-os. Os nematódeos parasitas mais conhecidos são as lombrigas, os ancilóstomos causadores do amarelão e as filárias causadoras da elefantíase.

Moluscos
O filo Mollusca reúne animais de corpo mole, em geral revestido por uma concha calcária rígida. Os representantes desse grupo vivem em água doce ou salgada e nos mais diversos ambientes de terra firme; são os caramujos, os mexilhões, as lesmas, os polvos, as lulas, etc.

Anelídeos
O filo Annelida reúne animais de corpo cilíndrico dividido em segmentos transversais. Eles vivem em água doce ou salgada e em solo úmido. Os representantes mais conhecidos desse grupo são as minhocas, que vivem em terra firme, as sanguessugas, que vivem em ambientes úmidos ou em água doce, e os poliquetos, que vivem no mar, vagando pelo fundo ou dentro de tubos que eles mesmos constroem.

Artrópodes
O filo Arthropoda reúne uma grande diversidade de organismos, que se caracterizam por ter o corpo protegido por uma armadura rígida, o exoesqueleto de quitina. Seus representantes são divididos em três subfilos: crustáceos, quelicerados e unirâmios. Os crustáceos, em sua maioria aquáticos, são os camarões, as lagostas, os caranguejos, os siris, os tatuzinhos-de-jardim, etc. Os quelicerados, representados pelos animais peçonhentos como: aranhas, escorpiões, carrapatos e ácaros, são tipicamente de terra firme. Os unirâmios, como os piolhos-de-cobra (diplópodes), as centopeias (miriápodes) e os insetos, são animais de terra firme e constituem a maioria das espécies conhecidas de seres vivos.

Equinodermos

O filo Echinodermata reúne animais exclusivamente marinhos, considerados pelos cientistas como os mais aparentados com os cordados. Seus representantes mais conhecidos são as estrelas-do-mar, os ouriços-do-mar, as bolachas-do-mar e os pepinos-do-mar (holotúrias).

Cordados
O filo Chordata reúne alguns animais invertebrados aquáticos, como as ascídias e os anfioxos, e todos os animais vertebrados: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. É um grupo bem diversificado, que reúne animais com tamanhos e formas corporais variados, adaptados aos mais diversos tipos de ambiente.

Reino Metazoa - Animal
Filo
Nome em latim
nome em português
características gerais
PoriferaPoríferos ou esponjasAnimais muito primitivos, conhecidos por esponjas, que vivem em água salgada ou doce.
Cnidaria ou CelenterataCelenteradosAnimais aquáticos, de água doce ou salgada, entre os quais os mais conhecidos são as águas-vivas, as anêmonas e os corais.
PlathmynthesPlatelmintos ou vermes achatadosAnimais de vida livre, como a planária, ou parasitas, como as tênias e as solitárias.
NemathelmynthesNematelmintos ou vermes cilíndricosA maioria é parasita. Os áscaris ou lombrigas e os vermes do amarelão são os mais conhecidos.
MolluscaMoluscosAnimais de corpo mole, muitos deles dotados de conchas calcárias, como os mexilhões, as ostras, as lulas e os polvos.
AnnelidaAnelídeosAnimais que têm o corpo formado por anéis repetidos. As minhocas e as sanguessugas são as mais conhecidas.
ArthropodaArtrópodesMuito diversificado, este filo compreende animais invertebrados com patas articuladas: crustáceos, insetos, e aracnídeos são os mais conhecidos.
EchinodermataEquinodermesAnimais exclusivamente marinhos dos quais os mais conhecidos são as estrelas e ouriços-do-mar.
ChordataCordadosFilo dos vertebrados: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Existem exemplares invertebrados neste filo (ex: anfioxo).


Fontes: www.tutomania.com.br, reino-animal.info/, www.sobiologia.com.br

19 de novembro de 2013

1º ano - DIVISÃO CELULAR - Mitose e Meiose

DIVISÃO CELULAR
Eventualmente as células necessitam se duplicar para dar origem a novas células. Esta divisão celular ocorre de duas formas: através da mitose e da meiose.



MITOSE 
De forma prática, podemos entender que na mitose a célula se duplica para dar origem a duas novas células. Estas são conhecidas como células filhas (formadas a partir da divisão celular) e são idênticas uma da outra, uma vez que foram formadas a partir de uma única célula.



ETAPAS DA MITOSE: são quatro etapas que a célula atravessa durante a divisão celular por mitose, completando seu ciclo de vida com mais uma etapa, chamada interfase.. São elas: prófase, metáfase, anáfase e telófase.
1ª PRÓFASE:  
Nesta fase, as células começam a se preparar para a divisão. É neste momento que ocorrerá a duplicação do DNA e centríolos. Com o DNA condensado e os centríolos em movimento, inicia-se o processo da divisão mitótica.

2ª METÁFASE: 
Aqui começa o alinhamento entre os pares formados na fase anterior. Nesta etapa, o DNA alinha-se no eixo central enquanto os centríolos iniciam sua conexão com ele. Dois fios do cromossomo se ligam na parte central do centrômero.

3ª ANÁFASE:
A divisão começa com os cromossomos migrando para lados opostos da célula, metade vai para um lado e a outra metade vai para o outro. 

 4ª TELÓFASE:  
Esta é a última fase da mitose. Nesta etapa a membrana celular se divide em duas partes, formando, assim, duas novas células. Cada uma delas ficará com metade do DNA original.

INTERFASE: 
Este é o estado “normal” da célula, ou seja, aqui ela não se encontra em divisão. Nesta fase, ela mantém o equilíbrio de todas as suas funções através da absorção dos nutrientes necessários à sua manutenção. Ela permanecerá neste estágio até estar preparada para uma nova divisão, que ocorrerá a partir da duplicação dos ácidos nucléicos (DNA e RNA). A partir de então, o ciclo se reinicia.

MEIOSE
      Ao contrário do que ocorre na mitose (onde há a divisão de apenas uma célula), na meiose duas células dividem-se ao mesmo tempo.
      As fases deste processo (prófase, metáfase, anáfase, telófase, interfase) ocorrem da mesma forma que na mitose; só que, neste caso, em dobro, pois aqui teremos duas células passando pelo mesmo processo simultaneamente.
      Na meiose, quatro novas células serão criadas a partir de duas células. Cada uma destas novas células carregará metade do DNA de sua célula de origem.
      A meiose se inicia quando o organismo está na fase de reprodução. A partir deste momento, haverá uma mistura de genes entre as duas células. É importante sabermos que este processo é bastante comum entre os organismos vivos como plantas, animais, e, até mesmo, alguns tipos de fungos.
      Enquanto que na mitose apenas uma célula passa pelos estágios de divisão (prófase, metáfase, anáfase, telófase, interfase) para gerar duas células filhas, na meiose ocorrerá o mesmo, mas neste caso, duas células passarão ao mesmo tempo por este processo, para gerar quatro células filhas. 
      Para identificar os passos de cada célula durante a meiose, existe uma definição científica conhecida como Meiose I e Meiose II. De forma mais simples podemos entender que isto nada mais é do que duas células passando simultaneamente pelas "mesmas" etapas que ocorrem na mitose.
      Na meiose, a fase da interfase (quando as células não se encontram em divisão)  é bastante curta e nela não há duplicação do DNA.
       Ao invés de criar duas novas células com números idênticos de cromossomos (como na mitose), na meiose as células fazem uma segunda divisão (meiose II) logo após a primeira (meiose I). Nesta segunda divisão o número de cromossomos é divido ao meio. Com apenas a metade do número de cromossomos, as células são chamadas de haplóides. As células diplóides são aquelas que possuem o número total de cromossomos, definido pelo tipo de espécie.

ETAPAS DA MEIOSE: Basicamente as fases da meiose são parecidas com a da mitose. Em ambas, os pares de cromossomos se alinham no centro da célula e seguem para lados opostos. A meiose difere pelo “crossing-over” que ocorre com o DNA. Este “crossing over” é a troca de genes entre as células. Nesta troca, os genes são misturados e o resultado desta troca não é uma duplicação perfeita como ocorre na mitose. Aqui as células se dividem originando duas novas células com apenas um par de cromossomos cada uma. 
      Como o período de interfase é muito curto na meiose, as células não têm tempo de duplicar seus cromossomos para realizar uma divisão mitótica, então, elas novamente partem para uma divisão meiótica, dando início a meiose II.
MEIOSE II 
- PRÓFASE II: o DNA restante nas células se condensa formando cromossomos curtos. Cada par de cromossomos possui um centrômero. Os centríolos iniciam sua jornada para lados opostos da célula.
- METÁFASE II: nesta etapa os cromossomos já estão alinhados no centro da célula e os centríolos estão preparados para duplicação.
- ANÁFASE II: aqui os cromossomos aparecem divididos e seguem em direção a lados opostos da célula. Eles não dividem o DNA entre as novas células, ao invés disso, eles repartem o DNA já existente. Cada célula filha pegará somente o necessário para suas funções metabólicas.
- TELÓFASE II: nesta fase o DNA já foi completamente puxado para os lados. Ao final desta fase, haverá quatro células haplóides que são chamadas de gametas. O objetivo dos gametas é encontrar outros gametas para, então, fazerem sua combinação e se tornarem um novo organismo.

OBS: A meiose ocorre apenas nas células germinativas masculinas e femininas (GAMETAS MASCULINOS E FEMININOS).

CURIOSIDADE:
Problemas genéticos relacionados à meiose
Observando o processo da meiose, é fácil notar que se trata de um processo de alta complexidade e periculosidade para a célula. Dessa forma, é muito comum células entrarem em meiose e sofrerem um processo errado, dentre essas com ciclo errado, algumas morrem, enquanto outras podem sobreviver e participar da fecundação, nesse caso, estaremos frente a um erro cromossômico.
Dentre esses problemas podemos citar:
  • Síndrome de Turner e trissomia do X: ocorre quando há um erro na separação do cromossomo sexual X da mãe, isso implica no surgimento de um ovócito secundário com um X a mais, nesse caso o indivíduo seria 47XXX (trissomia do X), e um outro ovócito secundário com um X a menos, no caso teríamos 45X (Síndrome de Turner);
  • Síndrome de Down: processo semelhante ao que ocorre na Síndrome de Turner e trissomia do X, entretanto, ocorre tanto na gametogênese da mãe e do pai, além de afetar o cromossomo de número 21, e não o cromossomo sexual. No caso da trissomia do 21, temos 47XX +21, no caso de mulher, ou 47XY +21, no caso de homem. A monossomia do 21 acarreta no aborto espontâneo;
  • Síndrome de Edwards: mesmo mecanismo da Síndrome de Down, só que envolve o cromossomo 18. No caso teríamos 47XX +18, para mulheres, e 47XY +18, no caso de homens, no caso uma monossomia do cromossomo 18 acarreta em aborto.

FONTE: www.todabiologia.com (2013); www.rachacuca.com.br (2013 - somente para imagens e curiosidade).

20 de setembro de 2013

Metabolismo Energético Celular

METABOLISMO ENERGÉTICO CELULAR
O metabolismo energético celular estuda a obtenção, transformação e utilização da energia necessária à vida.

Os principais processos de PRODUÇÃO de matéria orgânica a partir de substâncias inorgânicas simples são a fotossíntese e a quimiossíntese. Os seres vivos que realizam esses tipos de processos são os seres autótrofos, que "produzem o seu próprio alimento" através de reações químicas que transformarão matéria inorgânica em matéria orgânica, com armazenamento de energia.

Os principais processos de LIBERAÇÃO da energia contida nos alimentos orgânicos são a respiração aeróbia, respiração anaeróbia e a fermentação. Os seres vivos que realizam esses tipos de processos são os seres heterótrofos, "que não produzem o seu próprio alimento" e por isso necessitam se alimentar de outras fontes orgânicas, liberando energia através de reações químicas. 

FOTOSSÍNTESE
Processo de formação de matéria orgânica (carboidratos) a partir de água e gás carbônico, com a participação da luz, havendo necessidade de pigmentos fotossintetizantes (captam a luz – ex: clorofila). Encontramos as clorofilas a, b, c e d, que utilizam diferentes comprimentos de onda dentro de um espectro luminoso, principalmente do azul e do vermelho (a luz branca pode ser decomposta nas sete cores do espectro visível, como no arco-íris: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta). A fotossíntese acontece nos cloroplastos que estão presentes nos seres autótrofos, como nas algas e nas folhas das plantas.
Etapas:
Fotólise: realiza-se com a presença de luz e de clorofila, onde a água é decomposta em hidrogênio e oxigênio. O oxigênio será liberado para o ambiente e o hidrogênio será transportado para formar matéria orgânica. 
2H2O     àluz e clorofilaà 2H2 + O2
Fosforilação: é a adição de fosfato na ADP (adenosina difosfato) na presença de luz, formando ATP (adenosina trifosfato), com a participação da clorofila. 
ADP + Pi (fosfato inorgânico)     ßà ATP
Parte da energia liberada na oxidação é armazenada nas moléculas de ATP que atuam como “moedas energéticas” que serão gastas em processos celulares. O ATP é formado por adenosina ligada a 3 radicais fosfato, correspondendo a um nucleotídeo. Quando a última ligação de fosfato é quebrada, libera energia e volta a ser ADP.
Formação da matéria orgânica: Ciclo de Calvin-Benson – Participam desta etapa o CO2 da atmosfera e as moléculas de hidrogênio ligadas a seus transportadores, provenientes da fotólise da água, formando moléculas de carboidratos (CH2O)n e água. A molécula CH2O sofre polimerização (processo onde moléculas iguais se reúnem) imediata, dando origem a açúcares simples como a glicose (C6H12O­­6).
Visão geral:
1ª etapa (tilacóides):   12 H2O             àluz e clorofilaà   12 H2 + 6O2
2ª etapa (tilacóides):   12 H2 + 6CO2                   à               C6H12O­­6 + 6 H2O
Soma (estroma):         12 H2O + 6CO2  à luz e clorofila à C6H12O­­6 + 6 H2O + 6O2
Na soma, como 12 moléculas de H2 aparecem como produto na primeira etapa e como reagentes na segunda etapa, pode-se eliminá-las por simplificação. Depois é só copiar os reagentes e os produtos que sobraram nas duas equações.





Musiquinha (retirada do vídeo do youtube):
Tchura tchuru, tchura tchuru, ouáá, ouááá (2x)
Na madrugada não rola nada, precisa luz pra começar
Nos tilácoides a fase clara gera ATP, NADP2H;
A luz que chega quebra a água e o O2 vai liberar.
Libera eletróns e energia, pra fase escura utilizar.
Mas essa fase clara é só preparação, por que é no estroma que ocorre a redução
Do CO2 do ar em glicose fixa, pra isso acontecer então agora vou cantar.
(2x) Entra CO2 usar ATP, NADP pra glicose fazer

QUIMIOSSÍNTESE
É realizada apenas por algumas bactérias e arqueas. Nesse processo, não utiliza-se luz, obtendo energia para a síntese de carboidrato a partir de CO2 e H2O da oxidação de substâncias inorgânicas.
Classificamos os grupos de bactérias quimiossintetizantes quanto à substância que ela utiliza:
SULFOBACTÉRIAS: oxidam compostos do enxofre (gás sulfídrico H2S)
FERROBACTÉRIAS: oxidam compostos de ferro (carbonato de ferro FeCO3)
NITROBACTÉRIAS: oxidam compostos de nitrogênio (amônia NH3)
Obtida a energia necessária, pela oxidação, as bactérias passam à 2ª fase: a fase de síntese, onde utilizam a energia para produzir matéria orgânica a partir da água e do gás carbônico:
Substância inorgânica + O2 à substância inorgânica oxidada + energia

A fórmula CH2O representa o carboidrato que sofrerá polimerização dando origem a açúcares simples como a glicose:
CO2 + H2O + energia à CH2O + O2

Muitas bactérias quimiossintetizantes são encontradas no solo, em ambientes desfavoráveis à maior parte dos seres vivos, e nas profundezas dos oceanos, especialmente nas fontes termais submarinas.
   
RESPIRAÇÃO AERÓBIA
Realizada pelos animais em geral, algumas bactérias, alguns protozoários e alguns fungos. Se processa por reações que utilizam matéria orgânica e oxigênio livre. A respiração pode ser a partir da glicose, de aminoácidos e de ácidos graxos e glicerol.
É dividida em duas fases:
 Fase anaeróbia: ocorre no citosol e consiste na glicólise, processo em que cada molécula de glicose (C6H12O6) é decomposta em duas moléculas de piruvato (C3H4O3), segundo a reação:
C6H12O6 à 2 C3H4O3 + 2H2 + ENERGIA
O desdobramento de glicose em piruvato e hidrogênio acontece sem a presença de oxigênio livre. A energia produzida fica armazenada em moléculas de ATP, sendo que o saldo energético dessa fase é de 2 moléculas de ATP. O hidrogênio se liga a transportadores especiais.
Fase aeróbia: realiza-se por uma sequência de reações que constituem o CICLO DE KREBS e a CADEIA RESPIRATÓRIA. Esses processos ocorrem dentro das mitocôndrias das células eucarióticas, na matriz e nas cristas mitocondriais, respectivamente.
Ciclo de Krebs: O piruvato penetra na mitocôndria e sofre transformações dando origem a Acetil Coenzima A (Acetil-CoA) que entra no ciclo de Krebs. Da entreada do piruvato na mitocôndria até a finalização de um ciclo de Krebs completo, tem-se como resultado a produção de gás carbônico e hidrogênio, com desprendimento de energia:
PIRUVATO à GÁS CARBÔNICO + HIDROGÊNIO + ENERGIA
O gás carbônico é liberado pela célula, o hidrogênio associa-se a transportadores especiais e a energia é empregada para a síntese de ATP, com um saldo de 2 ATPs.
Cadeia Respiratória: O hidrogênio desprende-se dos transportadores e reage com o oxigênio, formando água. Ocorre a liberação de energia com um saldo de 32 ou 34 moléculas de ATP, dependendo da célula.

Podemos representar a respiração aeróbia assim:
 C6H12O6 + O2 à 6CO2 + 6H2O + ENERGIA
O saldo total em ATPs da respiração aeróbia é de 36 ou 38 ATPs, dependendo da célula.



5 de julho de 2013

Gabarito - Jogo de Memória de Citologia

JOGO DE MEMÓRIA DE CITOLOGIA - 1º ano Politécnico

As 3 primeiras fases somam 17 pares = 34 fichas (tamanho aproximado 5cm X 5cm).
Para cada par, em uma ficha vai o desenho esquemático com a legenda (nome) e na outra ficha vai apenas a descrição/função, sem mencionar o nome.
As fichas devem ser confeccionadas à mão, não é permitido usar impressões!
Providenciar uma caixa, pote, saco ou envelope para guardar as fichas em segurança, com a identificação da dupla ou trio.

Colocar o gabarito no caderno:

FASE 1: Tipos de células (3 pares)
- Célula Procariótica: Não possui núcleo individualizado (sem carioteca). Possui DNA e Ribossomos.
- Célula Eucariótica Animal: Possui núcleo individualizado (carioteca) e centríolos que participam da divisão celular.
- Célula Eucariótica Vegetal: Possui núcleo individualizado (carioteca), parede celular, cloroplastos e vacúolo.

FASE 2: Organelas Citoplasmáticas (10 pares)
- Centríolos: Participam da divisão celular e da formação de cílios e flagelos.
- Cloroplastos: Responsáveis pela fotossíntese.
- Complexo Golgiense: Responsável pela alteração, armazenamento e secreção de proteínas.
- Lisossomos: Responsável pela digestão intracelular, através de enzimas digestivas.
- Mitocôndria: Produz energia (ATP) através da respiração celular. Possui DNA e é capaz de duplicar-se.
- Peroxissomos: Digerem moléculas atravéz da oxidação (libera oxigênio).
- Retículo Endoplasmático Granuloso: Possui ribossomos aderido. Produz e transporta proteínas.
- Retículo Endoplasmático não Granuloso: Produz e transporta lipídios.
- Ribossomos: Produzem proteínas. Possui RNAr.
- Vacúolo: Controla a entrada e saída de água na célula vegetal.

FASE 3: Membrana Plasmática e Transporte através da Membrana (4 pares)
- Membrana Plasmática: Semipermeável. Formada por duas camadas de lipídios, com proteínas integrais e periféricas.
- Transporte Ativo: Passagem de soluto com gasto de ATP (hipo -> hiper = desequilibrio).
- Transporte Passivo por Difusão: Passagem de soluto sem gasto de ATP (hiper -> hipo = equilibrio).
- Transporte Passivo por Osmose: Passagem de solvente sem gasto de energia (hipo -> hiper = equilíbrio).

Células Eucarióticas - Animal e Vegetal


CÉLULA EUCARIÓTICA
É bem maior e mais complexa que a célula procariótica, medindo entre 10 µm e 100µm. Seu material genético constitui-se de DNA associado a proteínas, formando os cromossomos, e está envolvido por uma membrana chamada de envelope nuclear, ou carioteca.

No citoplasma dos eucariontes existe uma série de organelas além dos ribossomos: mitocôndrias, retículo endoplasmático granuloso e não granuloso, complexo golgiense, cloroplastos, lisossomos, peroxissomos, centríolos, vacúolos e centríolos. 
Existem organelas específicas de células animais, e organelas específicas de células vegetais. 

2 de julho de 2013

Célula Procariótica


CÉLULA PROCARIÓTICA: neste tipo de célula o material genético (DNA) não está envolvido por membrana, não há um núcleo individualizado e separado do citoplasma. 
Além do DNA também encontramos Ribossomos pelo citoplasma. Os ribossomos são responsáveis pela síntese de proteínas. Tudo isso é envolvido pela membrana plasmática, que é formada por lipídios e proteínas. A membrana plasmática é envolvida pela parede celular, que é composta de cadeias de glicídios e aminoácidos.
Pode possuir cílios e/ou flagelos, que auxiliam na locomoção e na conjugação com outras células para troca de material genético.

Os seres vivos com células procarióticas são denominados procariontes. São organismos unicelulares, de tamanho muito reduzido (entre 1 µm e 10µm), representados pelas bactérias. 
Na classificação moderna, também consideramos bactérias as algas azuis ou cianofíceas, também chamadas de cianobactérias; as rickéttsias e as clamídias; e todos os organismos patogênicos que se reproduzem apenas no interior de outras células.

29 de junho de 2013

MITOCÔNDRIA - com vídeo

MITOCÔNDRIA

Organela citoplasmática responsável pela produção de energia e respiração celular. 


Para assistir ao vídeo, clique no link: Mitocôndria - Ciclos da produção de energia



1 de junho de 2013

Vídeos sobre Transporte pela Membrana Plasmática

Queridos alunos do primeiro ano, não consigo carregar os vídeos aqui no blog.
Então vou deixar os links destes vídeos do YouTube.

- Vídeo com a comparação entre transporte passivo e ativo:
http://www.youtube.com/watch?v=p5DJanknzWw

- Vídeo sobre a osmose em célula vegetal, vista com o microscópio:
http://www.youtube.com/watch?v=5yzUyMZia50


31 de maio de 2013

OSMOSE - Célula Animal X Célula Vegetal

No transporte passivo por Osmose, a água passa pela membrana plasmática do meio menos concentrado para o meio mais concentrado, com o objetivo de equilibrar a concentração de solutos, dentro e fora da célula. 
Se a célula estiver em uma região hipertônica em relação à ela, a água irá em direção ao ambiente que estiver mais concentrado, neste caso, causando a perda de água pela célula, deixando-a murcha. 
Se a célula estiver em uma região hipotônica em relação à ela, tende a receber água do meio. Se entrar mais água do que a membrana plasmática da célula animal pode expandir para receber, a membrana irá se romper, causando a "lise celular". No caso da célula vegetal, o vacúolo vai exercer uma Pressão de Turgência, pressionando a água para fora da célula.
Se a célula estiver em uma região isotônica, nada acontece. Por isso é utilizado o soro fisiológico, que possui  a mesma concentração da célula, evitando que ela sofra qualquer tipo de pressão osmótica.

25 de abril de 2013

10 de abril de 2013

Para as oitavas séries: O Átomo! (PSP)

Finalmente o vídeo disponível:
Modelos atômicos

É "PSP" hein!

Organelas Citoplasmáticas

ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS

Resuminho com as imagens para estudar para a prova =)
Obs: utilizamos Complexo Golgiense.

       As organelas são estruturas citoplasmáticas que exercem todas as funções celulares. O conjunto de todas as funções celulares chama-se metabolismo celular. Se dividem em não membranosas (ribossomos e centríolos) e membranosas (cloroplasto, complexo golgiense, lisossomo, mitocôndria, peroxissomo, retículo endoplasmático granuloso, retículo endoplasmático não granuloso e vacúolo).

- CENTRÍOLOS: Encontrados sempre aos pares. Participam dos processos de divisão celular e da formação de cílios e flagelos.

- CLOROPLASTO: Responsável pela realização da fotossíntese, encontrado em células eucarióticas vegetais. 

- COMPLEXO GOLGIENSE: Responsável pela alteração, armazenamento e secreção de proteínas.

- LISOSSOMO: Responsável pela digestão intracelular, através de enzimas digestivas.

- MITOCÔNDRIA: Produz energia (ATP) através da respiração celular. Possui DNA próprio e é capaz de duplicar-se.

- PEROXISSOMO: Digerem moléculas de gordura através da oxidação (liberando água e oxigênio). Está relacionado com a desintoxicação das células.

- RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO: É dividido em Retículo Endoplasmático Granuloso e Não Granuloso.
- RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO GRANULOSO (RER): Possui ribossomos aderidos. Produz e transporta proteínas. Está localizado junto ao núcleo celular.
- RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO NÃO GRANULOSO (REL): Produz e transporta lipídios. Geralmente está ligado ao RER.

- RIBOSSOMO: Fazem a síntese (produção) de proteínas. Na sua estrutura, está o RNAr (RNA ribossômico).

- VACÚOLO: Controla a entrada e saída de água na célula vegetal. Está relacionado à pressão de turgência.